terça-feira, 17 de dezembro de 2013

REFLEXÃO PARA O FIM DE ANO

Nossa correria diária não nos deixa parar para perceber se o que temos já não 
é o suficiente para nossa vida. Nos preocupamos muito em TER: ter isso, ter aquilo, comprar isso, comprar aquilo. Os anos vão passando, quando nos damos conta, esquecemos do mais importante que é VIVER e SER FELIZ! Muitas vezes para ser feliz não é preciso ter, o mais importante na vida é ser. As pessoas precisam parar de correr atrás do Ter e começar a correr atrás do ser: ser amigo, ser amado, ser gente. Tenho certeza de que, quando somos, ficamos muito mais felizes do que quando temos. O ser leva uma vida para se conseguir e o ter muitas vezes conseguimos logo. O ser não se acaba nem se perde com o tempo, mas o ter pode terminar logo. O ser é eterno, o ter é passageiro. Mesmo que dure por muito tempo, pode não trazer a felicidade... E é aí que vem o vazio na vida das pessoas... Por isso, tente sempre ser e não ter. Assim você sentirá uma felicidade sem preço! Espero que você deixe de cobrar o que fez e o que não fez nos últimos anos e que você tente o mais importante: ser feliz.

Um Feliz Natal e um próspero ano novo cheio de paz e muitas realizações. São os votos do SSPMMA.

Postado por: Nelson Professor

sábado, 1 de junho de 2013

Uma imprensa falso moralista, que detona o governo federal, enquanto blinda os tucanos



A impressão que os comentaristas da imprensa mineira e nacional tentam passar para os desavisados leitores e ouvintes ou telespectadores é a de que eles, comentaristas, são guardiães dos bons costumes e de supostas verdades absolutas. Na prática, se vivêssemos uma verdadeira democracia, deveríamos submeter as falas desses personagens ao crivo da crítica. Com igual espaço. Mas, nada disso acontece. Vejamos alguns momentos dessas análises que pude ouvir hoje, entre 8h e 9h da manhã, na frequência de uma Rádio. Felizmente, não é todo dia que tenho tempo e disposição para tal. Mas, o pior é que muita gente que dispõe de tempo para ouvir tais comentaristas, não dispõe de mais tempo ainda para investigar o conteúdo dessas falas. Vejamos alguns exemplos.

De Brasília, o jornalista-comentarista dirigiu feroz ataque a tudo que de forma direta ou indireta esteja ligado ao governo federal. Nem uma palavra sequer contra governantes tucanos. Primeiro ele criticou a Dilma por ter perdoado uma dívida que países africanos, supostamente teriam para com o Brasil. Gozado, eu, como professor de História, pensava que era o Brasil e a Europa que tinham uma impagável dívida para com os povos africanos. Milhares de pessoas que habitavam aquele continente foram arrancadas à força de suas terras e trazidas para cá, obrigadas a trabalhar durante séculos como escravos, para o bem de uma elite cínica, hipócrita, que até hoje mantém o mesmo olhar preconceituoso, excludente e arrogante.

Mas, para o tal jornalista, a presidente Dilma não deveria perdoar a dívida de países pobres da África, pois este dinheiro fará falta ao Brasil.

Logo depois, na mesma linha, alguns comentaristas da Rádio aqui de Minas endossaram as palavras do jornalista global, ao citar um caso de uma cidadã brasileira que, enferma, dependeria do financiamento do estado, que negara tal tratamento. Diziam, em tom moralista: se o Brasil pode perdoar a dívida de países africanos, por que não bancar as despesas desses casos?

Vejam a sacanagem da comparação. Se dissessem simplesmente que era dever e obrigação do estado brasileiro bancar o tratamento de todas as enfermidades de todos os cidadãos brasileiros, incluindo os casos particulares que são citados na mídia, todos nós poderíamos aplaudir. Aliás, neste caso, deveriam humildemente reconhecer que, o único país da América Latina que pratica tal política universal de saúde de qualidade para todos, chama-se Cuba. Mas, aí seria demais, esperar que eles reconheçam qualquer coisa de bom daquela ilha, considerada o próprio inferno pela direita brasileira.

E por quê é uma sacanagem fazer esse tipo de comparação? Porque provoca nas pessoas simples uma indignação imediata contra o governo federal, sem qualquer chance de uma análise crítica da crítica feita pelos jornalistas. Vejam: perdoar a dívida de países mais pobres do que o Brasil, com os quais o Brasil tem uma dívida eterna, representa, em termos financeiros, muito pouco para o Brasil, mas pode ter um grande significado para aqueles povos - além do exemplo para o mundo, para que outros países mais ricos tenham a mesma conduta em relação a outros povos. Acho até que a presidenta Dilma deveria exigir uma contrapartida desses governos (estou falando sem conhecer os termos desse suposto perdão da dívida): que os governos dos países beneficiados, em contrapartida, investissem os valores não pagos ao Brasil na Educação pública, na saúde pública e no combate à fome dos seus respectivos povos. Somente isso já valeria a pena perdoar todas as dívidas do mundo entre países.

Mas, retomemos o nosso raciocínio. Tanto o jornalista de Brasília quanto os de Minas criticam o governo federal, contrapondo o perdão de uma dívida aos países africanos com os dilemas sociais que ainda existem no nosso país. O raciocínio deles é bem simplista: enquanto o Brasil não resolver todos os problemas do seu próprio povo não deveria fazer o que eles consideram grosseiramente uma espécie de caridade com os povos de outros países.

Primeiro, essa é uma visão desumana, pois separa povos, pessoas, gente, seres humanos, como se aqueles que tivessem nascido na África, ou em Cuba, fossem menos gente do que aqueles que nasceram aqui. Essa crítica é atrasada, retrocede aos primórdios em matéria de avanços do pensamento libertário universal. Essas pessoas, ao que parece, não estudaram os princípios e as lutas que deram origem às cartas que regem os direitos universais dos seres humanos. Uma pena, que pessoas assim sejam vistas como formadores de opinião e que estejam diariamente "trabalhando" a cabeça de pessoas simples, que levam a sério o que eles dizem.

Seguindo a mesma lógica dos jornalistas, que para sorte deles, não são confrontados ao vivo e em cores, pergunto o seguinte: se estão criticando a presidenta Dilma, que teve a decência de perdoar a dívida no montante de quase R$ 1 bilhão de reais dos países africanos, dizendo que esse dinheiro fará falta ao Brasil - para resolver os problemas de saúde de pessoas sem recursos, etc. -, por que não usaram essa mesma crítica quando os governantes mineiros resolveram construir uma cidade administrativa que custou quase R$ 2 bilhões, para a felicidade dos grandes empreiteiros? Não seria o caso de também dizer que, ao invés de queimar tanto dinheiro com obras faraônicas, seria melhor ou mais justo investir tais recursos com os problemas sociais de Minas?

Ou quem sabe até, vamos estender um pouco, gastar menos dinheiro em publicidade nos grandes meios de comunicação para salvar milhares de vidas? Nos últimos anos, segundo denúncia da oposição mineira, mais de R$ 1 bilhão foram gastos com jornais, revistas e TVs aqui em Minas Gerais. Verba do governo, dos nossos impostos, que é usada para tentar passar uma imagem da Minas que não existe: na propaganda, a melhor educação do planeta, a melhor saúde, um estado sem dengue, um verdadeiro paraíso.

Mas, quem disse que os comentaristas, salvo exceções, inclusive entre os jornalistas mineiros, querem esclarecer alguma coisa? Quem disse que há algum critério que se aproxime da imparcialidade? A mídia mineira e nacional não faz outra coisa a não ser detonar o governo federal e blindar os governos tucanos e seus candidatos. O que constitui um desserviço para a frágil democracia brasileira, que é construída e destruída a cada momento, com essas falas que não se prestam a uma crítica honesta e mais profunda. Que criticassem o governo federal, tudo bem, mas que dessem o direito de resposta, e que submetessem os demais governos às mesmas críticas.

E para finalizar, o jornalista de Brasília criticou a escolha que a presidenta Dilma fez de um advogado para preencher o cargo vago de ministro do STF. O jornalista selecionou o fato de que o escolhido teria sido advogado do italiano Batisti. Nem vou entrar no mérito desse caso, como fez o jornalista, sem dar qualquer direito de defesa ao atacado, já que são muitas as informações escondidas e distorcidas. Mas, o interessante é o que jornalista perguntou: quem terá pago os honorários do advogado naquele caso? Ora, que tal estendermos tal questionamento a todos os outros profissionais e personagens da república brasileira? Quem está pagando a festa que alguns poucos fazem com os recursos públicos? Quanto recebem as rádios, os jornais e as TVs do governo de Minas e de grandes empresas, e quanto pagam aos seus comentaristas e diretores? A propósito, o tal advogado escolhido por Dilma, advogou também para a ABERT, uma associação a serviço dos grandes meios de comunicação. Por que será que o jornalista de Brasília não lembrou de tal fato? Quanto ele terá recebido para defender, num dado momento, os interesses dos patrões do dito jornalista?

Ah, que falta nos faz uma verdadeira imprensa livre, ou quase, no mundo, no Brasil, e mais ainda, aqui em Minas...

Fonte: Blog do Euler
Postado por: Nelson Professor

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Tirar Professor da Escola é investir na ignorância


Tirar professor da escola é investir na ignorância


 
Quando foi anunciado que o Brasil sediaria a Copa do Mundo de Futebol em 2014, o sentimento em todo o país foi de orgulho. Finalmente o mundo reconhecia a nossa importância neste esporte. O anúncio de que sediaríamos as Olimpíadas de 2016 consagrou este orgulho.
 
Além do investimento em estrutura, o governo federal criou programas visando estimular a prática de esportes como o Programa Atleta na Escola, lançado pelo Ministério da Educação (MEC), com o objetivo de descobrir, entre os alunos novos, talentos e transformá-los em atletas.
 
Várias experiências já divulgadas demonstram que o esporte serve como instrumento de resgate social de crianças e adolescentes em situação de risco, contribui para a socialização, o respeito às regras, o aprendizado sobre a tolerância, quando queremos ganhar e acabamos perdendo.
 
Na escola, a Educação Física hoje tem valor igual aos demais componentes curriculares na escola, abandonando o entendimento de ser apenas uma atividade recreativa. Está no rol dos direitos das crianças e adolescentes a uma educação de qualidade.
 
O nosso famoso Mineirão será um dos estádios que sediará jogos da Copa do Mundo e da Copa das Confederações. Recebeu milhões de reais em investimentos para melhoria de sua estrutura. Mas, enquanto o Governo do Estado investe em estádio, ele retira mais de 15 mil professores de Educação Física e Ensino Religioso das turmas dos anos iniciais do Ensino Fundamental.
 
O argumento apresentado pela Secretaria de Estado de Educação é que a disciplina de Educação Física, no início da escolarização da criança, deve ser ministrada pelos mesmos professores que já são responsáveis pelos demais conteúdos curriculares. A Secretaria voltou à década de 70 para defender que, no início do Ensino Fundamental, a criança somente terá um professor. Com isso, ela ignora inúmeras experiências bem sucedidas de trabalho com mais de um professor nesta etapa do ensino.
 
Como o nome nos alerta, “anos iniciais” significa o início, é o primeiro momento da criança na escola. É neste período que se forma, na escola, a base da criança, na alfabetização, nos conceitos matemáticos, nos valores de respeito, na socialização e também no gosto pelo esporte. Educação Física não é mera recreação, precisa de professores com formação específica para possibilitar que esta disciplina cumpra seu objetivo. Mas é nesta etapa que o governo mineiro sonega o direito da criança e proíbe que ela tenha aulas de educação física. Terá apenas recreação.
 
A medida trouxe inúmeros problemas como a sobrecarga de trabalho das professoras responsáveis por estas turmas, a demissão imotivada de professores contratados no início do ano letivo, professores de Educação Física sendo obrigados a assumir outras disciplinas como geografia, por exemplo.
 
Todas as tentativas de diálogo com a Secretaria de Educação foram ineficazes. Até Audiência Pública realizada pela Assembleia Legislativa já aconteceu e a Secretaria permanece inerte. Com esta política seremos bons anfitriões para os eventos esportivos, mas, não formaremos uma cultura pelo esporte em nosso Estado. É o governo de Minas investindo na ignorância.
Fonte: Blog da Beatriz Cerqueira
Postado por: Nelson Professor

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Como e quanto seria o salário dos professores de Minas

Como - e quanto - seria o salário dos professores de Minas se a nossa carreira não tivesse sido destruída pelo atual governo

Relembrar é preciso, quando se trata de analisar a realidade dramática na qual se encontra hoje os educadores de Minas Gerais. Para se ter uma ideia, seja um professor com curso superior em início de carreira, ou outro, com 20 anos de casa, estão, ambos, recebendo algo próximo de dois salários mínimos como remuneração total, sem direito a qualquer outra vantagem ou gratificação. Mas, essa realidade seria diferente, se o governo dos tucanos não tivesse alterado, para pior, o plano de carreira que fora criado pelo próprio governo do faraó.

Apenas os educadores de Minas foram punidos com esta alteração estrutural do plano de carreira, para não terem direito ao piso salarial nacional, que se tornou lei federal - 11.738 - a partir de 2008. 


Vejamos, então, como ficaria o salário dos professores se a antiga carreira ainda existisse. Não vou considerar aqui, inicialmente, as gratificações como quinquênios e biênios, que foram abolidas para todos, mas que anteriormente estavam em vigor para os antigos servidores (até o início de 2003, quando o atual senador-faraó assumiu o governo e começou a política de destruição dos direitos dos servidores).

Pela estrutura do plano de carreira que está em vigor para TODOS os servidores, menos para os educadores de Minas, havia uma diferença de 22% entre os níveis (promoção vertical, nível I, II, etc., de acordo com a formação acadêmica) e de 3% entre cada letra - progressão horizontal, que o servidor faria jus a cada 3 anos de serviço prestado. E finalmente, havia o pó de giz, uma gratificação de 20% para quem estava em sala de aula. Além disso, havia também a gratificação por pós-graduação, sendo 10% para especialização, 30% para mestrado e 50% para doutorado. Tudo isso deixou de existir para os educadores de Minas, que passaram a receber osalário total em forna de SUBSÍDIO, sem qualquer outro direito, e que se encontracongelado até 2016 no valor de dois salários mínimos para os professores (há outras carreiras na Educação que recebem ainda valores bem menores).

Vamos começar pelo início da carreira dos professores. Um professor que ingresse hoje na rede estadual de Minas receberá um salário bruto (claro que com os descontos o valor líquido a receber será menor) de R$ 1.386,00. E nada mais, nadinha, nem vale refeição, nem vale transporte, nem coisa alguma. Se o sujeito for arrimo de família vai ter que rebolar para pagar as contas da casa, o transporte, o lanche, os remédios, o aluguel, etc, com este enorme valor que um professor com curso superior receberá por ingressar no magistério público de Minas. Um castigo, convenhamos.

Se ainda estivesse em vigor a antiga carreira, mesmo considerando a forma conservadora e proporcional do piso nacional para uma jornada de 24 horas, o salário deste mesmo professor seria de R$ 1.679,00. Ou seja, R$ 293,27 a mais nos vencimentos mensais. Vão dizer que o salário ainda está muito baixo. É verdade, concordamos, mas para quem vive na linha da miséria, como os professores-de-Minas, receber R$ 300 reais a mais mensalmente faz toda a diferença. E como chegamos a esse cálculo? Simples: pega-se o valor do piso nacional - R$ 1.567,00 - diga-se, tambémvergonhoso este valor - divide-se por 40 horas e multiplica-se por 24h, resultando em R$ 940,20 para o professor com nível I, ou seja, com formação em ensino médio. Para o professor com nível II (licenciatura curta), acrescentam-se mais 22%, e para o professor com curso superiorlicenciatura plena, mais 22%, resultando, portanto, em R$ 1.399,39, somente de vencimento básico. Sobre este valor incidiria o pó de giz de 20%, quando encontraremos o valor total de R$ 1.679,00, que os professores em início de carreira deveriam estar recebendo, caso o plano de carreira não tivesse sido destruído pelo atual governo e seus deputados estaduais.

Para um professor com 10 anos de carreira, a realidade seria outra, pois haveria a incidência de progressões, promoção e possíveis títulos conquistados. Atualmente, este professor recebe algo próximo de R$ 1.400,00, um pouco mais, um pouco menos, mas não muito fora do valor citado. Pelo antigo plano de carreira, o professor com 10 anos de casa estaria na letra C e receberia, no mínimo, R$ 1.781,54. Este seria o valor mínimo que receberia, quase R$ 400 reais mensais a mais do que recebe atualmente. Caso tivesse conquistado algum título, uma especialização, por exemplo, sua remuneração total seria R$ 1.930,00, ou seja, cerca de R$ 500,00 mensais a mais do que recebe atualmente. Se tivesse direito a uma promoção (oito anos de carreira para iniciantes + uma especialização + cinco últimas avaliações de desempenho positivas) estaria no nível 4 da carreira. Neste caso, mesmo retornando para a letra A do novo nível, seu salário bruto seria de R$ 2.048,71. Portanto, cerca de R$ 600 mensais a mais do que recebe atualmente por um cargo completo.

Se alguém estiver achando que isso é muito, é bom lembrar que um policial militar em início de carreira, com formação em ensino médio, terá direito a uma remuneração inicial de R$ 4.000,00 em 2015, enquanto o professor com curso superior, em 2015, continuará recebendoR$ 1.386,00, pois os salários dos educadores estão congelados. Para se ter uma outra ideia das diferenças, um professor na rede pública municipal de BH, com 10 anos de casa e uma especialização, está recebendo algo próximo de R$ 2.600,00 pela jornada de 22h - cerca de R$ 1.200,00 mensais a mais do que ganha um professor-de-Minas.

Em relação aos antigos professores da rede estadual de Minas, não gosto nem de mencionar porque as perdas foram gritantes. Um professor com 20 anos de casa, por exemplo, que estivesse no nível 4, letra C, com quatro quinquênios e 10 biênios + pó de giz, teria direito a remuneração total de R$ 3.803,58 por um cargo completo de 24h. Atualmente, este mesmo professor está recebendo algo entre R$ 1.600,00 e R$ 1.800,00, havendo, portanto, uma perda mensal próxima de R$ 2.000,00. Se este professor tiver dois cargos, a perda mensal é o dobro deste valor.

Com estes dados objetivos nas mãos seria possível a um bom escritório de advogados comprovar, na Justiça, as perdas sofridas pela categoria com as alterações feitas na carreira dos educadores em data posterior a abril de 2011. Esta data é relevante, pois é a partir dela que o STF considera que o piso teria que ser pago obrigatoriamente, respeitando-se as regras vigentes em cada rede pública, e obedecendo-se a norma federal que instituiu o piso salarial nacional. O governo de Minas só conseguiu alterar a nossa carreira em dezembro de 2011, após a nossa greve de 112 dias.

Além disso, estes dados simples e objetivos mostram que todos os educadores, das diversas carreiras e nas diversas condições funcionais - efetivos, efetivados e designados - saíram perdendo com a política de choque de gestão do atual governo. E isso é razão mais do que forte para que a categoria construa sua unidade, aprove uma proposta comum de reivindicações e lute para conquistá-la. Na Justiça e nas ruas.


Fonte: Blog do Euler
Postado por: Nelson Professor

domingo, 14 de abril de 2013

PROFESSORES REUNEM-SE COM O SINDICATO PARA REIVINDICAR DIREITOS

PROFESSORES REUNEM-SE COM O SINDICATO PARA REIVINDICAR DIREITOS

Foi neste sábado dia 13 de abril, por volta das nove horas da manhã, no campo do Rael que servidores da educação, reuniram-se para cobrar da atual administração municipal direitos não respeitados tais como, salários atrasados do mês de dezembro de 2012, 1/3 de férias referente ao exercício de 2012 e reajuste salarial. Estiveram presentes na reunião, além dos professores, membros da diretoria do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais: (o presidente em exercício Nelson Professor, Geancarlos, Luciene Silveira e Juliana), o chefe de gabinete, Francisco de Assis Gonçalves Dias, os vereadores, Zezinho, Damastor, Dra. Eliana, e a advogada do Sindicato, Dra. Gabriela Batista.
O Presidente do Sindicato iniciou a reunião agradecendo a presença de todos, falou dos ofícios encaminhados à administração e passou a palavra para o chefe de gabinete Francisco de Assis que prestou esclarecimentos, falando inicialmente da situação em que a atual administração encontrou o município de Monte Azul, folha de pagamento do mês de dezembro sem dinheiro em caixa para pagar, dívida com o INSS, com o Banco BMG e fornecedores. Em seguida falou do acordo firmado com Sindicato e do compromisso da administração em cumprir com esse acordo. Muitos sindicalistas discordaram do acordo, mas foi naquele momento o que se pode fazer, uma vez que se tratava de um período de transição de mandato. Disse também da importância de se criar o Plano de Carreira para os servidores da educação e demais setores, da criação do conselho do FUNDEB para fiscalizar as verbas destinadas à educação, da importância dos educadores de participar e conhecer os membros do conselho para cobrar a aplicação correta das verbas e prestação de contas que até hoje não se sabe como eram feitas. Continuando a sua fala, o chefe de gabinete se comprometeu em levar ao prefeito José Edvaldo as reivindicações feitas pelos educadores e prometeu que até sexta feira próxima dará uma resposta ao sindicato. O vereador Damastor manifestou o seu apoio aos educadores, do empenho da bancada em não medir esforços para ajudá-los. Alguns educadores manifestaram sua indignação com o descaso feito à educação, dizendo que todo ano é a mesma briga e cobrou um maior empenho do sindicato. Nesse momento, o presidente em exercício interferiu dizendo que só Deus sabe da dedicação que vem desempenhando frente ao sindicato, que por várias vezes tem ido à prefeitura cobrar os direitos de todos os servidores, pois a entidade não é só do setor da educação, mas de todos os setores, e que infelizmente muitos só sabem criticar ao invés de apresentar alguma proposta. A Dra. Eliana também manifestou apoio aos educadores, falou de seu projeto e pediu a presença de todos na próxima reunião da Câmera Municipal que acontecerá na próxima terça feira dia 23 de abril, onde estará em votação um de seus projetos que beneficiarão muitas mulheres do município. Não havendo mais assuntos a ser tratado, o presidente encerrou a reunião agradecendo a todos os presentes. 
Postado por Nelson Professor

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

A Lei 100 volta ao noticiário


A Lei 100 volta ao noticiário, com a paixão de costume

A questão da Lei 100, aprovada pela ALMG a mando do governo do estado de Minas em 2007, ganha evidência. Ao completar cinco anos, será finalmente julgada pelo STF, em ação apresentada pelo MPF. Analisemos a partir de agora alguns ângulos desse apaixonante e complexo tema.

Para as pessoas que prestaram concurso recentemente, e mesmo para os estudantes de licenciatura – talvez os últimos, já que ninguém mais desejará se formar para o magistério, por muitas razões – é natural que abordem o tema com foco apenas na questão legal, constitucional, de um direito agredido, qual seja, o da efetivação somente por concurso público.

Contudo, para o caso em análise, este é um ângulo limitado do problema, que é mais amplo e se arrasta por décadas. Tanto em Minas quanto em outros estados – e nos municípios ainda mais -, durante várias décadas era comum tratar a carreira dos professores como sendo formada, na maioria, por profissionais contratados. Durante vários anos, os sucessivos governos negligenciaram na realização de concursos para a formação de um quadro efetivo de profissionais da Educação, submetidos a um mesmo regime jurídico. Foi negligente, também, o Ministério Público, que não cobrou dos governos a realização de concursos periódicos, para o cumprimento da Carta Magna. Por último, o Legislativo foi outro poder omisso.

A consequência disso é que se criou uma situação na qual milhares de profissionais foram contratados sucessivamente, na maioria das vezes por critérios transparentes e condizentes com os cargos. Profissionais habilitados e devidamente testados no dia a dia do exercício do magistério e da Educação em geral foram seguidamente contratados, ano após ano. E para piorar a situação: o governo de Minas descontava a previdência desses colegas profissionais no regime jurídico estadual, mas, como não se tratava de pessoas efetivas, pela lei não poderiam aposentar pelo regime de previdência do estado. Teria o governo que transferir as contribuições previdenciárias para o INSS, para que esses profissionais, ao completarem o tempo de contribuição e fizessem jus à aposentadoria, pudessem gozar esse direito constitucional. Com isso, a dívida com o INSS se acumulou e se tornou impagável. Falharam novamente os sucessivos governos.

Diante dessa situação, o governo de Minas criou a Lei 100, que inicialmente tinha apenas caráter prividenciário, ou seja, não assegurava estabilidade para os servidores, e procurava garantir a aposentadoria na previdência do estado de Minas. Mas, mesmo nesse momento, o governo de Minas (Aécio e Anastasia) cometeu inúmeras injustiças, como: incluir na Lei 100 pessoas que haviam sido contratadas recentemente; ou deixar de fora profissionais antigos que estavam em licença médica; ou incluir na referida lei profissionais que nem habilitação possuíam para assumirem um cargono magistério. Entre outras práticas condenáveis.

Para corrigir um problema social que atingia a centenas de profissionais com mais de 10 anos de serviço prestado, deveria o governo ter estabelecido critérios muito bem delineados, inclusive com o propósito de regularização da vida desses profissionais através de concursos públicos – e não procurar enganar estes profissionais com promessas eleitoreiras.

Concordo que se trata de um problema social, que atinge a milhares de pessoas, e que o governo não deve jogar nas ruas, sem qualquer direito, pessoas que dedicaram 15, 20 ou 30 anos de suas vidas à Educação Pública. Mas, para além de resolver este problema, o governo, de forma irresponsável, quis fazer política, apostou na divisão da categoria, e finalmente, prometeu o que não podia cumprir, que era a igualdade total de deireitos entre os efetivos e efetivados. E com isso inclusive retirando alguns direitos dos efetivos, jogando propositadamente segmentos da categoria uns contra os outros.

Centenas de antigos e capacitados professores incluídos na Lei 100 merecem ter a sua vida funcional regularizada. Nisso sou radical em favor dos colegas servidores públicos que estão há tantos anos no exercício do magistério. Penso também em milhares de profissionais que estão há duas décadas em atividades como: cantineiros, porteiros, pessoal da limpeza, e que não têm condições de concorrer, através de concurso público, com jovens recém-formados. 

Por isso, considero que este público específico, de antigos profissionais da Educação, por todos os méritos, pela dedicação, pelo empenho a uma carreira cada vez mais desgastada, destruída, maltratada, deve ser olhado sim, com carinho por todos – seja pelo estado ou pelos colegas de profissão. Considero um desrespeito a forma pusilânime com a qual algumas pessoas se dirigem aos efetivados da Lei 100, que nem sequer pediram para que tal lei fosse aprovada pelo governo.

Mas, se desejar tratar com seriedade essa situação, o governo ainda pode resolver esse problema. Em primeiro lugar, dando posse a todos os efetivados que passaram no último concurso. Como já demonstramos aqui, além das 13 mil vagas de professores colocadas em concurso, o governo terá à disposição outras tantas, ou mais, quando resolver cumprir a Lei do Piso e estabelecer o terço de tempo extraclasse. Serão 20 mil novas vagas para professores. Além disso, nos próximos 10 anos, um número muito próximo desse montante deve se aposentar – incluindo muitos da Lei 100. Neste prazo médio a situação estaria regularizada, incluindo, para completar, a realização de novo concurso assim que terminar o prazo de vigência do atual concurso, com a prorrogação prevista.

Para os novos concursados, eu digo uma coisa: calma, pessoal. Infelizmente vocês estão ingressando numa carreira destruída, sem futuro. Aconselho a todos, inclusive, a já se preparem para outros concursos. A carreira dos professores infelizmente não é uma boa opção para os jovens. Falo isso com muita tristeza, pois não gostaria que fosse assim. E falo isso também com a experiência de quem já viveu grandes expectativas no início de carreira do magistério, e que atualmente não existe mais. Num futuro não muito distante talvez eu não permaneça na Educação, infelizmente. Em 2015, quando eu completarei 13 anos de magistério, meu salário bruto será de R$ 1.450,00 de acordo com a carta oficial que recebi do governo de Minas. Isso será o equivalente a um salário mínimo e meio, ou menos. Para vocês que vão ingressar agora na carreira, a situação será ainda pior. E na carreira de professores do ensino básico, o salário é um dos grandes problemas que enfrentamos. Acrescente a isso a realidade da sala de aula, que tem provocado as mais diversas doenças aos colegas profissionais, dado ao desgaste emocional ocasionado por uma situação de quebra de valores, de desrespeito, de pauperização de expressiva parcela da sociedade, embrutecida por maus tratos provocados pelas elites dominantes.

É importante lutar, sim, pela regularização da carreira do magistério. Aliás, é importante lutar pela carreira do magistério, que foi literalmente destruída em Minas Gerais e no Brasil. E essa luta deve considerar todos estes aspectos mencionados, para que a gente não queira corrigir injustiças realizadas ao longo de muitas décadas, praticando outras. O governo de Minas, a ALMG e o Ministério Público devem responder por anos de omissão e negligência para com a realidade dos educadores de Minas. Uma realidade na qual as verdadeiras vítimas são os trabalhadores, tanto os efetivos, quanto os designados que foram efetivados pela Lei 100.

Postado por: Nelson Professor
Fonte: Blog do Euler

sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Resultado do Enem


Do jornal Hoje em Dia:

Nota de escolas estaduais no Enem fica abaixo da média

Davi Lira, Cristiane Nascimento e Paulo Saldaña


Resultados por escola do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2011, divulgados na quinta-feira (22) pelo Ministério da Educação (MEC), mostram que 92% da escolas estaduais tiveram nota abaixo da média geral do Brasil na prova objetiva. As redes estaduais concentram a maioria dos estudantes de ensino médio do país.

Os dados contemplam as notas obtidas pelos estudantes nas provas de ciências da natureza, ciências humanas, matemática e português. A média do Brasil é 519 pontos - distante da média da rede privada, de 561, e da escola mais bem posicionada. O Colégio Objetivo Integrado teve média de 737. O levantamento foi feito pela Merrit Informação Educacional a pedido do jornal O Estado de S. Paulo.

Criado em 1998 para avaliar os estudantes do ensino médio, o Enem foi transformado em vestibular em 2009 e seleciona os alunos na maioria das instituições federais de ensino superior. No último ano, os inscritos no Enem disputaram 108,5 mil vagas em 95 universidades.

O resultado dos estudantes das redes estaduais evidencia a crise que o País enfrenta no ensino médio público, com currículos defasados e pouco sedutores, altos índices de evasão e baixo desempenho em avaliações. O cenário é praticamente o mesmo em todos os Estados, que não conseguiram registrar 20% das escolas com notas acima da média nacional.

A primeira escola estadual a aparecer entre as maiores pontuações do país é o Instituto de Aplicação Fernando Rodrigues Silveira, da Universidade Estadual do Rio (UERJ), na 60º posição. A segunda é a Escola Técnica Estadual de São Paulo, na região central da capital paulista, em 74º. A primeira escola regular é o Centro Estadual de Ensino Médio Tiradentes, do Rio Grande do Sul, no 248° lugar.

O Estado com o melhor resultado foi o Rio, que teve 18% das escolas com notas acima da média nacional. Para Antonio Vieira Neto, subsecretário de Gestão de Ensino, as adversidades do ensino nesse ciclo são grandes. "Há regiões na cidade onde o ensino médio regular só é oferecido à noite, o que representa uma dificuldade ainda maior na aprendizagem."

A secretaria estadual do Ceará acredita no Enem como um termômetro da rede. Por isso, investiu para que a participação dos alunos fosse maior. "Já esperamos ter uma queda no rendimento médio no Enem deste ano e no do próximo", afirma o secretário-adjunto, Maurício Holanda. "Essa queda, no entanto, será comemorada, pois teremos um retrato mais fiel da rede com a maior inclusão dos nossos alunos". No Ceará, só 2% das escolas conseguiram nota acima da média.

Por outro lado, alunos das escolas públicas federais tiveram desempenho muito superior. Apenas 19% dos colégios tiveram notas abaixo da média nacional. A nota média dessas escolas é de 568, maior do que a das privadas. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

Fonte:  http://www.hojeemdia.com.br/noticias/nota-de-escolas-estaduais-no-enem-fica-abaixo-da-media-1.60023

Breve comentário do Blog: Os governantes não estão sequer cumprindo a Lei do Piso, que foi burlada em todo o país, e querem esperar bons resultados nas escolas públicas? A Justiça e os demais poderes constituídos fazem vista grossa. Os professores são os mais mal remunerados do país e a categoria tende a ser extinta, pois ninguém mais quer se aventurar a concluir algum curso de licenciatura. Além dos baixos salários, são péssimas as condições de trabalho. Mas a mídia serviçal das elites insiste em não ver este problema. Muito menos os governos, que não querem uma população com formação crítica, pois assim não poderiam manipular a maioria pobre, como fazem atualmente. Na propaganda, Minas Gerais é o paraíso perdido. A Educação aqui é uma excelência, exemplo para a humanidade, mesmo com os professores ganhando  quase um terço do que ganha um policial em início de carreira. Minas e o Brasil descobriram que é melhor construir cadeias do que investir em Educação, já que o destino certo de uma expressiva parcela da maioria pobre é a prisão e não a emancipação política e social.

Postado por: Nelson Professor
Fonte: Blog do Euler